Todos os dias, antes de entrar nas paredes do trabalho vejo um desconhecido com a cara desfigurada. Não sei os motivos da deformação, mas espanto-me por o ver sempre a sorrir, dentro da sisudez do burgo, "Tenha um bom dia, menino", e diz-me, assim que os meus ombros roçam nos dele, "Irei ter com certeza. Desejo-lhe o mesmo", e olho de soslaio para as costas da felicidade, que me ensina a amar o dia.
Sem comentários:
Enviar um comentário