Está um frio que corta pensamentos, nesta manhã sorridente. E pelo facto, entro numa pastelaria cheia de sonhos. Escolho um e peço um café, enquanto sacudo a manta que me arrefece. Subitamente, surge do meu lado direito um magricela, “Um tirinho, senhor”, a exigir ao funcionário. De nariz nervoso, o bom homem pega numa garrafa e despeja um liquido pestilento num copo, “Basta cheio”, atira-lhe o desdentado, “Aqui está”, e coloca-o sobre o balcão. E sem que nada fizesse esperar, arremessa todo o conteúdo à boca, num gesto de bagaceiro errante.
Sem comentários:
Enviar um comentário