segunda-feira, 24 de maio de 2010

A rua inatingível


O mar está ali, a dois cheiros do meu nariz, a sobrevoar o sossego de um pensamento. E como num vírus contagioso, o meu olhar turva-se e desapareço subitamente para uma cadeira, localizada num promontório, rodeada por um mar de sangue. Estremeço por ver esse facto sórdido e penso no motivo que levara a rebentar o dique da calma. Mas o deserto sem nome é o único pensamento mais coerente que me surge à rotina do cérebro.
Abro os olhos e o mar está ali a mandar fúrias para os meus olhos. Encarquilho as rugas pelo exagero e precisamente nesse momento surge uma voz, “a demência pelo descanso eterno obriga-nos a não atingir os sonhos daquela rua”.

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