terça-feira, 2 de março de 2010

Pedro Sena-Lino


Os que estiveram na Biblioteca Municipal de Gondomar na sessão do dia 13 de Fevereiro, durante a apresentação da obra “333”, “passaram” de meros ouvintes para (quase) escritores, colaborando activamente com o escritor Pedro Sena-Lino naquilo que, concretamente, se tornou numa acção de formação.
A sessão contou com a presença do Vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar, Fernando Paulo. Mas coube à técnica Liliana Pires fazer a apresentação de um autor que, destacou, “escreveu o seu primeiro romance mantendo, na obra, a mesma lógica de poesia de edições anteriores”.
Pedro Sena-Lino instou os presentes a escreverem sobre desconhecidos com os quais se cruzem todos os dias. E, daí, partiu para uma análise das soluções que adopta quando escreve. “É que basta olhar pela janela para se começar a escrever...”, salientou. Esta solução de escrever sobre desconhecidos, esclareceu, “é uma forma, ou vício, de inventar biografias... um exercício que, depois, me leva até personagens fictícias dos meus livros. Admitindo que teve pronto a ser editado um outro romance – que seria o seu primeiro... – Pedro Sena-Lino confessou que se recusou a avançar. “Aquele não poderia ser o meu primeiro livro...”
“333”, de Pedro Sena-Lino, é a primeira experiência no romance de um autor que, até esta altura, centrava a sua produção na poesia. Nesta obra é contada a história (até então secreta) de um livro e de todos os que o leram. Ou que, pelo menos, passaram pela sua vida.Composto por um conjunto de micro-contos, pequenas peças de um mosaico elaborado e imaginativo, “333” trata-se também de uma viagem pela geografia e pela história – já que o leitor atravessa séculos e imensos espaços geográficos (desde Portugal ao Novo Mundo) passando um pouco por toda a Europa, até um final revelador e surpreendente. Que revela que, como quase sempre, e no centro de tudo, está uma história de amor.Pedro Sena-Lino já tem sete livros editados. É formado em Estudos Portugueses e é crítico no jornal “Público”. Desenvolveu (e dinamiza desde 2000) um curso de Escrita Criativa. Já em 2005 fundou a “Companhia do Eu”, um centro de escrita e criatividade.
De referir que após esta apresentação/acção e formação, Pedro Sena-Lino ainda proporcionou uma breve sessão de autógrafos.

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