terça-feira, 18 de dezembro de 2012

DESíGNIO

O homem tem as mãos brancas; tem o nariz roxo; tem os olhos ensanguentados. O frio, que se passeia pela tarde como se fosse um janota, é o causador daquele aparato, que faz do jovem um decrépito. Fico angustiado e sinto um aperto no estômago, por ver o futuro de Portugal a viver assim na rua. Mas a vontade aniquila-me com a inércia e pede-me para lhe gritar. Faço-lhe a vontade, depois de ter aquecido a sala com o calor dos meus desígnios.

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