quarta-feira, 11 de julho de 2012

ROUBO

O dia enfraquece e a noite, cheia de olhos que parecem estrelas, ganha um pulmão do tamanho do céu. Desligo o motor. Fecho a porta da garagem e janto. Foi feijoada. Com os pés no passeio, que carregam algumas das histórias da cidade, olho para os vultos que dão voltas e mais voltas às notícias dos jornais, porque as divergências de interpretação são duas tempestades aos gritos. Perto do rio, paro. O cheiro do frio acaricia-me o rosto, mas os jagunços das sombras regam-me de cólera: “A minha carteira!”

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