terça-feira, 10 de julho de 2012

AO PÉ DA CAMA

Sentado defronte da janela vejo a solidão a percorrer as ruas da cidade. Nas fachadas dos prédios estão cabeças a olhar para a noite; estão buracos pretos a olhar-me. Fico atónico. Detesto que me observem. Mas saio do miradouro quando fico com os nervos irritados. Ao pé da cama, atiro o corpo para os sonhos, onde os beijos das mulheres são desejos excitados.

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