terça-feira, 15 de maio de 2012

ÚLTIMO SUSPIRO

Levanto a persiana. Utilizo gestos calmos e sonolentos. Lentamente, o quarto perde o fulgor da noite e ganha o brilho do dia, que saiu do horizonte há mais de uma hora. Quando os bocejos do sol encontram os meus olhos, perco o norte e fico cego. Mas a magia da surpresa indica-me a porta da visão. Sorrio quando vejo a alcateia a passear nas costas da montanha e dou gargalhadas quando descubro as traquinices das crianças. Não há nada melhor do que ouvir a inocência a esgravatar nas folhas e nos ramos que a natureza criou. Deixo a janela. Tenho uma dor no coração. A meio do quintal tropeço numa pedra e caio junto da sepultura do meu cão. Foi uma queda violenta. É então que sinto a morte a visitar o que lhe pertence.

6 comentários:

  1. lolll....
    ando "p'ráqui" de roda de ti, já zonza, só pelo final desta carta...
    hummm, volto amanhã, com outro sol, outro olhar, outro entendimento...

    abraço.

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  2. a personagem faleceu ao pé do cão dele ;)

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  3. esquece.
    é esta minha mania de olhar para além do óbvio...;)

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  4. lololo. isso é bom, porque o óbvio é para quem não consegue sair da sala... ;)

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  5. :))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
    'bigada...

    por momentos tinhas-me pregado um susto ;)

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