Ao fundo, aos saltos, as ondas espreitam as nossas bocas. Como não sabem ler gestos, as obstinadas sobem a rua e enchem os buracos com ansiedades. Os nossos olhos, ligados às correntes do dia, sugam os desígnios do mar. Sorrimos. Não estamos habituados a ser estrelas. Por fim, quando o horizonte constrói a noite, erguemos os corpos e contamos à água o nosso segredo: "A luz do amor incendiou os nossos beijos."
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