levo a noite para a cama dos sonhos e desperto a aurora. ao ver o meu gesto, o azul do céu mistura-se com o amarelo. os senhores dos galinheiros, amedrontados com as cores do paraíso, libertam o silêncio da voz e empinam os pescoços. é uma forma de exigir que o sono não fuja dos corpos. perto das cabeças das construções, os olhos sonolentos cospem impropérios aos imperadores. mas a sapiência aprendeu a não responder a desaforos. indiferente a estas insignificâncias, a manhã pontapeia as estrelas e afaga as nuvens.
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