quinta-feira, 15 de março de 2012

NO CAFÉ


De manhã pouso os respiros nas teclas do computador e construo frases. Os movimentos do café não me afectam. Mas os beijos das crianças pedem-me um minuto de atenção. Concedo-lhes. Ao fundo, o céu e a terra brincam com a infância, enquanto os olhos dos adultos apontam que o futuro juntará aquelas almas. Que infelizes! Ainda não sabem andar e já a hipoteca lhes diz que o caminho a seguir é aquele. Para não me aborrecer, levanto-me e abro a porta. Quero que o vento pontapeie o ócio.

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