quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PEDRAS


O cerco aperta-se. Parece que os bicos das águias reduzem a área de protecção da população por motivos orçamentais. Mas os enganos das máquinas de subtrair, que ocorreram no tempo das vacas gordas, não perguntaram aos esfomeados se as construções faraónicas seriam boa ideia, “Faço porque quero; porque me apetece. E porque é giro ter uma construção com o meu nome.” É certo que os desdentados não se opuseram, mas também é certo que o chumbo e as ameaças seriam constantes, caso os carros de bois entupissem a entrada do céu, “Mas o povo é quem mais ordena”, concordo. Tenho até as costas curvadas perante tal afirmação. Mas uma pesquisa rápida nas entranhas do cérebro faz-me relembrar as bofetadas, os gritos, os cartazes, as lutas contra a polícia e contra as montras… que aconteceram na Grécia. E o que aconteceu? Nada. As medidas foram aplicadas e vão ser aplicadas, “É preciso que todos se juntem e todos atirem pedras ao impensável”, naturalmente. Venham elas!

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