quinta-feira, 7 de julho de 2011

PUBLICAR NO REAL


“Do riso ao choro…”, a boca da serpente escarra a verdade para os reformados, “…foram precisos minutos”, “Naquela cabeça sem lógica, os parafusos não andavam apertados”, “Por causa disso ela agora chora pelos cantos”, as sombras das árvores penteiam as peles envelhecidas, “O jogo, o jogo…”, “Essa coisa maldita”, enquanto a tarde leva com a cidade na cara, “Temos de ajudá-la, companheiros. Ela é nossa amiga”, ouve-se uns grunhidos afirmativos, “Vasculhem nos bolsos”, pouco depois, um homem com dentes de ferro grita eufórico, “Encontrei umas migalhas”, com a mesma bitola, outros senhores artificiais fazem o mesmo. Sorrio e tiro uma fotografia ao devaneio, com intuito de a publicar no real.

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