terça-feira, 7 de junho de 2011

O DIVÓRCIO ANIMAL


O prelúdio da morte passeia-se junto às nuvens, onde o algodão pardacento toca na crista da montanha. Junto à porta desproporcionada, um homem bojudo escarra como um tufão, “Muito vomitas, companheiro! Não sei o que se passa contigo!”, “Quando penso nas tuas palavras sem eloquência fico assim”, e sorri. O armário, um homem que convive com as trevas, ergue-se com vivacidade, enquanto a brisa lhe penteia a barba com metros, “As tuas palavras são severas”, “Trataste com desdém a minha cuspidela”, sem que nada fizesse prever, os pulsos baloiçam afirmações, “Grandes morcões, pontapeiem o diabo”, grito para os construtores de guerra, “Abracem os corpos com amizade e não amem o divórcio”, os olhos amigos descravam o ódio e beijam a excelência da amizade, “Desculpa”, e dizem em uníssono.

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