terça-feira, 3 de maio de 2011

Os pombos



Faço uma pausa na escrita. Tenho os olhos cansados e os dedos doridos, pois as palavras para os juvenis estão a exigir-me bastante esforço, “Que bonito!”, descubro o dia a crescer. Abro a janela e cheiro a Primavera. Junto à fonte, uma pequena árvore dança suavemente. Sobre ela um casal de pombos namora como ninguém, “Olha os malandros!”, e sorrio. Mas quando eles me descobrem, olham-me com tristeza, “Estou a sair, estou a sair”, engulo uma atrapalhação, “Não se esqueçam do preservativo”, e desapareço para a sala.

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