
Abro a porta de vidro e caminho para os fundos. Junto da escuridão, um pouco danificada pela luz artificial, devoro a livraria do Sr. Silva, “Bom dia, caro amigo. Quantos livros vão ser hoje?”, rasgo a eloquência da investigação e encaixo alguns sorrisos no rosto, “As finanças estão mancas”, ele atira-me uma gargalhada forte, “Como fui aos correios tratar de uns assuntos, aproveitei para dar um salto até cá”, “E fez muito bem. Cheire o que quiser”, vira-me as costas e agarra num livro que uma mulher tem na mão. Volto a colocar o olhar sobre o pensamento e perco-me nas horas.
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