
As cadeiras respiram as lufadas da manhã. Ao fundo, perto da máquina registadora, um sujeito espreme uma espinha enorme, que está implantada no centro do nariz, “Traz-me guardanapos, Silva. Estou cheio de sangue”, “Enojas os meus clientes com essa porcaria”, “O que é que queres? Tenho que fazer a limpeza da cara!”, do caixote metálico, o papel desaparece. Do lado oposto, uma coquete esburaca a noite das narinas, “Silva, preciso de papel”, “Ó gente, o civismo?”, “Guardanapos, Silva”, e quase todas as cadeiras gritam em simultâneo para o incauto.
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