terça-feira, 26 de abril de 2011

As três coisas



Tenho o corpo cansado. Parece que os Deuses da paciência me bateram nos ossos com força. Porém, sou um osso duro de roer, como se fosse uma pedra que não fura, como se fosse uma madeira que não parte. Por usar a dureza dos guerreiros épicos, o que parece uma utopia transforma-se numa verdade que respiro suavemente, “Caro camarada, estás bem?”, descruzo o olhar e penteio o cabelo do Zé, “Tenho saúde, tenho amigos e tenho objectivos”, levanto-me e abraço-o com veemência, “Como vês, tenho tudo”, e sorrimos, como quem sorri para a essência do respiro.

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