quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Enfim


Nos erros urbanísticos da periferia, dois corpos mastigam o silêncio da praça. Estão com as mãos entrelaçadas, mas não existe indícios de amor nos lábios. Olham para o empedrado e para as fachadas taciturnas que se queimam ao sol, sem trocarem palavras ou cânticos que fariam conhecer e fortificar as margens da união, "Vamos embora?", levantam-se e caminham em direcções opostas, assim que o crepúsculo abana a cabeça com reprovação.

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