Antes de os galos acordarem a alvorada, o meu nariz espreguiça-se na varanda, a três pisos de altura do asfalto. Subitamente, no balanço ao lado, "Bom dia, vizinho. Como vai hoje surprender o mundo?", "Não me lembro de o ter feito alguma vez", "Anda distraído, homem", sorrio, "Vejo luz nos olhos, paz no pensamento e amor no coração. Não é para todos", arregalo a curiosidade do rosto, "É verdade, caro companheiro. Olhe, se todos tivéssemos essas características, a sociedade dormia melhor", e adormeço.
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