quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Enfim


Quando os sonhos não me trazem prazer, o meu espasmo salta para o silêncio. Depois, com os olhos a piscar um descontentamento, retiro os cobertores do corpo e coloco as pantufas nos pés. Arreganho a preguiça, como se libertasse a letargia do esqueleto, e ergo-me para a verticalidade com veemência. E quando abraço o silêncio imaculado, empurro o corpo para a sala, “A noite faz-me cada festa!”, resmungo um murmuro, enquanto coloco o corpo na pele do sofá, “Assim não pode ser”.

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