Com os pés a nadarem na água quente, que enche a bacia de plástico, e com uma toalha a chupar-me o forno da testa, ouço as buzinadelas vitoriosas a varrerem o asfalto descontente, “Não se deve viver em função de um remate”, cuspo a afirmação. Entretanto, o meu prédio agita-se como as árvores em dias de tempestade, “Vitória, carago”, “Até os comemos”, que tem origem nos meus vizinhos do piso inferior, “Assim não nos salvaremos”, murmuro, enquanto que a luz artificial se esconde na noite.
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