Faz hoje anos que o meu amigo Calisto morreu de súbito, “Bateu a bota em dois ais”, nem mais. E foi terrível aquele espectáculo de espasmos sobre o sobrado, coberto pela noite e pelos sapatos dos amigos, no gáudio do burgo. Ainda esboçamos um movimento de ternura, mas o corpo já estava em cadáver q...uando o abanamos. Choramos torneiras de sentimentos, esbracejamos gritos de cólera, enquanto esmurravamos o maço de tabaco que ele tinha no bolso, até adormecermos com a dor agarrada a nós.
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