terça-feira, 19 de janeiro de 2010

E as Novelas…


Acendo o televisor, através de um comando cheio de botõezinhos de várias cores, com funções que desconheço, e uma luz surge vivamente no seu centro. Que, como numa fugida fugaz, preencho o negrume rectangular, iluminando o meu quarto. Dali, aparecem duas personagens, opostas quanto ao sexo, a falar de amor, com o horizonte pintado pelo mar azul, que se confunde com o céu imaculado. Mudo de canal e volto a mudar e este cenário permanece no ecrã, como se eu estivesse a sonhar contigo constantemente, sem me aperceber que tinha adormecido.
Viro-me e, do relógio eléctrico, quatro zeros vermelhos, muito carregados, indicam-me uma hora incómoda para estes sentimentos tão mastigados. A minha paciência já não é a mesma e, por isso, desligo o vírus. E, na escuridão completa, entristeço-me por não sentir um sorriso de um filme.

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