Ainda me treme o corpo e a razão, ainda me treme o olhar. O caso não é para menos, embora sinta uma pontinha de admiração pelos meus tremeliques exagerados, uma vez que Penafiel e eu, e não só, fomos testemunhas da lucidez do mestre Saramago – dinossauro, como disseram muitos – mesmo embrulhado numa debilidade física aflitiva e chocante. Ao lado do seu “Caim”, o mais recente grito do “não”. Aquele não que surge sempre aliado às maiores certezas universais, como um acto “de levantar a pedra e espreitar para o oculto”. Indicando-nos que o caminho não é o de consumir as palavras espalhadas diariamente, que estão enroladas em interesses, mas de as questionar com “nãos”, as vezes que forem necessárias, até chegarmos a uma afirmação com valor, com orientação do eu.
Há pessoas assim, que navegam no pensamento com pensamento, envolvendo linguagem e crença, e as espalham em forma de tradição, como necessidades de mudança mundana. João Tordo, o vencedor do prémio Saramago desta última edição, esse tutor mundial, como discípulo, tem obrigatoriedade de lhe seguir as pegadas: abanando a civilização das malhas do conformismo.
Há pessoas assim, que navegam no pensamento com pensamento, envolvendo linguagem e crença, e as espalham em forma de tradição, como necessidades de mudança mundana. João Tordo, o vencedor do prémio Saramago desta última edição, esse tutor mundial, como discípulo, tem obrigatoriedade de lhe seguir as pegadas: abanando a civilização das malhas do conformismo.
eu não diria melhor.
ResponderEliminarainda não li o "Caim".
csd
Eu comecei a lê-lo. Ainda não tenho uma opinião formada.
ResponderEliminarclaro que dirias. Acho que não tenho raça nas palavras. Fico sempre triste quando releio o que escrevo...