sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O Discurso do Adeus


O silêncio das palavras está para breve. É um momento esperado – uma pressão que a suporto há meses. Não a deixei que me prejudicasse nos meus movimentos, pois tenho força de espírito para me libertar das algemas. Mas os seus resíduos estão ali, juntinhos ao meu peito, entranhados numa das válvulas do meu coração. Não os posso negar nem os confundir com outras partículas. Estão ali, a respirar o mesmo oxigénio que respiro. Os meus gestos, o meu percurso de sempre, alheios a eles. E o silêncio das palavras tão perto do meu abraço. Falta pouco, muito pouco, apenas uma semana para o adeus do quotidiano, uma semana para o voar das férias.

1 comentário:

  1. O tempo é uma utopia do futuro,
    um mero desenlace no abrir e fechar de pálpebras cansadas,
    esgotadas pelo sono profundo
    da vivência no depois…
    Sonhos incapazes de fazer desejar viver o presente…
    Como se as férias,
    Pudessem mudar o rumo,
    Alterar o modus vivendi
    De alguém ou ninguém
    … Férias tem ,
    Quem do presente faz um sonho,
    Lembranças constantes…
    De simples movimentos,
    De palavras soltas,
    Das cores,
    De sabores e de cheiros
    Inebriante este mundo
    Para quem dele faz
    Presente…

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