
Não há sinais da primavera nas montanhas. Não há pássaros a sobrevoar as ruas. As praças. O campo de futebol. E as cabeças dos prédios. As pessoas, sem os suspiros que caracterizam os bem-aventurados, lançam palavrões ao nevoeiro, que chefia o trono do céu. Os miúdos, de narizes tortos, de olhos tristes, de bocas fechadas e de pensamentos duros, olham para o horizonte com ansiedade. Mas as terras longínquas não trazem a mudança desejada.
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