
Abro o dicionário. Dois rostos cheios de palavras mostram-me, ao acaso, um punhado de mortos. A culpa é das bocas. Das mãos. E dos dedos. Porque a comodidade do rotineiro permite fugir ao engano. Como se o erro fosse um monstro. Abano severamente a juba. Mas a folha de papel, que descansa ao pé do candeeiro, lembra-me que o prelúdio da mudança pode ser feita por mim. Paro e amedronto-a: “Dacoma”, enquanto retiro a esferográfica para longe.
Sem comentários:
Enviar um comentário