sexta-feira, 23 de março de 2012

OLHOS

Os olhos do Lobo Antunes controlam os meus dedos. Por vezes dizem-lhes que o texto está mau; por vezes dizem-lhes que as palavras são fraquitas. Mas os elogios são beijos que eles não recebem. Sentem-se tristes, lacrimosos; esperavam que a pedra fosse mais mole, menos intensa, esperavam um assobio mais fino. Sorrio e digo-lhes que o maior elogio é ter uma voz que critica.

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