segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

DA TARDE PARA A NOITE


Levanto-me e saio para a rua. Caminho na chuva adocicada da tarde. As pedras reconhecem-me. Paro. Numa mancha de gasoina preparo o fogo. Um pássaro esvoaça sobre o mar e as últimas silhuetas da noite sentam-se na fogueira. Uma voz líquida arrasta-se de súbito das sombras, "Posso estender-me ao sol?", "Somos todos filhos do mesmo pai. Por isso és meu irmão. Não vejo como não te aceitar", e dormimos aconchegados a um sorriso.

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