terça-feira, 27 de dezembro de 2011

SEGREDO


Como canja e duas sandes de atum. Não quero mais nada. Acho que nos próximos dias não irei comer mais do que isto, “E a fruta, filhinho?”, “Rrrrrr!”, vou à cozinha e pego numa maça. Dou metade ao cão e metade ao pardal, “Que boa!”, “São muito sumarentas, não são? Foram oferecidas pela tua avó”, a minha mãe invade o rectângulo e mexe na máquina do café, “São muito boas. Até vou comer outra”, e mastigo-a, porque a mentira massacra-me a alma.

Sem comentários:

Enviar um comentário