sexta-feira, 9 de setembro de 2011

ADEUS

Estou preso numa caixa,
que tem a forma do coração.
Peço aos meses que me libertem desse sufoco,
mas não há fantasmas que me queiram abrir a noite.

Esqueço os meus desígnios
e ouço os conselhos da tua boca.
Visto-me de cordeiro e sigo as regras
que não me deixam gritar.

Quando a velhice me bate à porta,
viras-me as costas e dizes-me adeus.

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