Com os pés sobre as memórias, vejo a algazarra das chapas a perfurar a língua preta. Parecem berros com línguas antigas a mandarem bulir as criaturas amáveis, que abrem o coração nas noites eróticas. Porém, alheio a este arsenal de mentiras, o nevoeiro pinta o dia com desdém. E o que deveria estar a sorrir, está a chorar sem interrupções, “Onde está o Verão, carago? Botei o corpo ao lume durante o ano e nem um beijo do sol tenho direito? Carago, porra para a merda!”, para terminar, as fezes de uma gaivota traquina tropeça nos ombros ressequidos.
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