quarta-feira, 13 de julho de 2011

A PORTA COM SORRISOS


Por entre as luzes do além, descubro uma palavra que encaixa num texto. Mas quando os meus dedos agarram-na com delicadeza, o tinir da campainha puxa-me para o real, “Malvadez”, suspiro e ergo o corpo preguiçoso, movendo-o até à porta com bulício, “Quem é?”, “É a tua prima”, coloco um sorriso nos lábios e tiro a parede de madeira dos nossos olhares, “Olé, como vai a menina?”, “Está tudo bem. Como vai o meu priminho?”, “Vou…vou…O que é isto? É aquilo que estou a pensar?”, “É”, abraço-a e desejo-lhe que a escada da felicidade descubra os seus pés, “Não quero choros no casamento, menina”, e sorrio até o dia se perder no horizonte.

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