domingo, 1 de maio de 2011

Os afluentes das mamãs



Os afluentes da mãe são os beijos e as carícias, que os rebentos lançam-lhe ao corpo. Mas estes regos não podem secar no Verão, pois ela sentirá falta do aconchego do amor, “Todos os dias cansa”, dizem os monstros apáticos, “Vocês sentem diariamente a presença da sua mão?”, cuspo-lhes com agressividade, como se fossem inimigos da humanidade, “Não respondem?”, engulo um sorriso, “O silêncio responde a tudo”, tiro a fotografia do bolso e beijo a minha mamã com delicadeza, “És o meu paraíso, que me arrasta da tristeza”.

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