quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Para ti


Mergulho o desespero nas árvores, que se amontoam sobre a mesa de mogno, quando o telefone móvel me arremessa uma mensagem, "A Catarina, linda como a mamã Eduarda, já nasceu", alargo o céu azul e abraço a felicidade, "O rebento é um amor que beija os coiotes babados. Mas é o prelúdio das insónias, porque a noite é um abismo sem fim", penso, ao mesmo tempo que uma pequena lágrima atira-se para o meu vale direito, "Já há fumo branco, pessoal", e a laje não aguenta com o gáudio.

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