quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Desacordo de velocidades


O despertador martela-me no sonho até o partir. E quando ele tropeça na morte, abro as pálpebras chateadas, como se a noite não jantasse com as estrelas, “Maldito”, e atiro-lhe com um murro. Guincha uma dor, embatendo no candeeiro, enquanto atiro o corpo para dentro de umas vestes novas. Depois, com a elegância a namorar-me o corpo, voo para o encontro de negócios. Porém, quando me sento na mesa de magno, o silêncio dos bancos mostra-me o desacordo de velocidades, porque as duas da tarde batem no cuco do café.

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