Quando a necessidade me sacode a carteira, vou espreitar as montras que espreitam a alvorada a pentear a brilhantina do mar. Não tenho muita paciência para estes afazeres, mas há coisas que não podemos fugir. Porém, o meu desdém ao inerte é autêntico.
Subitamente, um trovão enrouquecido rasga-me o frete. Arregalo as dúvidas e viro o corpo para a estrada. Aí, a esbracejar gemidos dementes, um transeunte rebola dores junto às rodas do carro, que sacode os cavalos para uma nova aceleração. E depois desaparece, quando contorna o obstáculo moribundo. Fico perplexo pelo gesto, mas alguém me sussurra aos ouvidos que nas ruas correm elefantes sem olhos.
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