Os cubos revestidos a palavras adormecem no passeio, quando a noite lhes cobre com o algodão os lombos com histórias. Olho para eles e prolongo o canto dos lábios até estes tocarem nas pontas macias das orelhas, ao mesmo tempo que conduzo a máquina com botões, numa veemência que faz lembrar um avião.
Depois de arrastar as árvores da praça com a minha correria diária, pouso o cansaço nos lençóis. E antes de adormecer, a porta do meu quarto estremece ligeiramente, “Sim”, digo, e ela abre-se. Mas a escuridão transforma a massa num mistério, “Quem está aí?”, a coisa mexe-se um pouco e esgravata na parede. Encarquilho a preocupação, com os ouvidos a cheirar o ar. E do ar, a luz do candeeiro rasga-me as sensações, “Olá filho, tens aqui uma caixinha com palavras”, e ergue-me o sentimento. Arregaço o choro e atiro-me ao meu amor para o beijar.
Depois de arrastar as árvores da praça com a minha correria diária, pouso o cansaço nos lençóis. E antes de adormecer, a porta do meu quarto estremece ligeiramente, “Sim”, digo, e ela abre-se. Mas a escuridão transforma a massa num mistério, “Quem está aí?”, a coisa mexe-se um pouco e esgravata na parede. Encarquilho a preocupação, com os ouvidos a cheirar o ar. E do ar, a luz do candeeiro rasga-me as sensações, “Olá filho, tens aqui uma caixinha com palavras”, e ergue-me o sentimento. Arregaço o choro e atiro-me ao meu amor para o beijar.
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