terça-feira, 8 de junho de 2010

“A fábrica que produz malucos”


Janto num restaurante embrulhado em solidão. Não é habitual este agasalho nestas paredes, mas talvez a hora possa explicar quase tudo.
Ao meu lado direito, a beijar o tecto, um televisor dá imagens muito jovens, dentro de uma cidade fabricada por moles. Parecem cenas de uma telenovela à brasileira.
Volto a encolher-me para baixo e ergo a mão que escrevo para levar o arroz à boca. E a meio da viagem, uma ideia surge aos olhos do meu cérebro (como gosto destas palavras), como uma descoberta, “a fábrica que produz malucos”, e envergonho-me pelo exagero.

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