terça-feira, 10 de novembro de 2009

Uma Lágrima Pela Descoberta


As verdades escondem-se nas entranhas das falsas verdades, como se vestissem um indivíduo com óleos dissonantes. E o mundo recebe-o de braços abertos, na inocência da exactidão, oferendo-lhe grinaldas com corações.
Mas no momento de lhe tirar a roupagem, para o acto de amor, uma metralhadora muito escura erga-se da escuridão, a vomitar balas enfurecidas. Que em voo fugaz e destemido encravam-se nas carnes sem piedade. Subitamente, em movimentos anárquicos, o sangue jorra como rios engrandecidos pelas chuvas.
Assim se faz o emporcalhado quotidiano em que todos vivemos.

2 comentários:

  1. Tens, então, um papel muito importante a cumprir: tornar o "quotidiano em que todos vivemos" mais limpo, verdadeiro e feliz.
    Estou contigo nesta senda :)lf

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  2. As palavras servem de vassoura ao estrume da rua.
    Cada mão é mais uma força ao combate. E todas são importantes...

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