quarta-feira, 22 de junho de 2011

PRAÇA DOS NEGÓCIOS


Com os pés na terra dos elefantes, respiro a brutalidade dos movimentos, “Encarece o preço, meu. O gajo é podre de rico”, “E tem a mania que é doutor”, “É doutor da treta, isso sim”, o homem das roupas largas esfrega o nariz e penteia a careca, “Dá-lhe uma machadada. Aproveita-te do pacóvio”, “Tens razão”, vinca o rosto e aproxima-se das orelhas do franzino, “Vou ajudar-te. Mas para isso, os meus bolsos precisam…sabes como é!”, abanando com fulgor a cara do mundo, “Não te preocupes. Quanto a isso não haverá problema”, apertam a mão e desaparecem da praça dos negócios.

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