Todo o humano necessita de um respiro íntimo, como uma volúpia, assim que descalça os sapatos cobertos de cansaço e os coloca na vastidão de possibilidades que a multidão cria. Por isso, a corrida ao ombro amigo faz-se desenfreadamente por todas as veredas do burgo, no que respeita ao meu contexto, muitas vezes sem o discernimento necessário que a procura tanto exige. Daí, infelizmente, o futuro ser deveras lastimoso porque se percebe que a solidão do acto de descalçar o sapato é a felicidade imaculada, “Tão natural como a sua sede”.
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