domingo, 30 de dezembro de 2012
NOVO ANO
A velhice tropeça e cai. Quando se levanta, o rosto assemelha-se com os rostos dos miúdos, que berram quando têm fome, que choram quando têm sono. Fica então histérica, pedindo aos anjos para a proteger daquele mistério. Mas os foguetes e os alaridos da cidade, que pintam a linha do horizonte com a cor da boémia, recordam-lhe que o ano velho deu lugar ao novo ano. E isso faz-lhe apaziguar os nervos, e isso retira-lhe um peso das costas, porque a razão diz-lhe que a esperança de ter uma vida melhor ressurge.
(PS: para vós, quero que a esperança vos traga certezas. Bom Ano, camaradas do pensamento?)
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