As nuvens cospem cinzas, enquanto as cabeças desgrenhadas movem a ânsia, “Estou sem dinheiro, estou sem dinheiro”, uma voz aflita interrompe os movimentos naturais. Junto ao adro, um touro coloca as patas no púlpito, “Não gastes o que não tens; poupa o que vais ter”, e atira-lhe com violência, “Mas, mas…”, “Cala-te, desordeiro. Não mereces falar”, antes que o choro mastigue as sensibilidades, as almas desfazem o redemoinho.
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