quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Verdade Verdadinha


Não sei precisar mas não me enganarei por muito, mesmo sabendo que a minha velhice me consome aos poucos a memória, se dizer que há meia dúzia de anos um amigo, das minhas infâncias, trabalhou num episódio florido de uma novela, nuns “fantásticos” segundos. Com uma personagem excêntrica – quer na forma de vestir quer no consumo de heroína.
Meses depois, porque estas coisas são mesmo assim, entrou nas nossas casas as cenas, pela caixinha de surpresas. Eu fiz o favor, a mim, de não as ver; os meus pais viram, claro, e relataram-me depois a sua boa prestação. Fiquei naturalmente feliz.
Ao outro dia, a meio da tarde, encontramo-nos no café do costume. Não estava com boa cara. “Então pá, parabéns…”, “Parabéns uma ova. Esta malta!”, interrompeu-me brutalmente. “O que te aconteceu?”, “Não é que ontem à noite, uns vizinhos foram sussurrar aos meus pais que me drogava. E que até deu na televisão!” Arregalei os olhos com esta beleza!!!!

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